Estoque da Manutenção – PCM no controle

Luis Cyrino
14 nov 2016
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PCM no controle do estoque da Manutenção

Estoque – Para suprir a Manutenção em suas atividades de manter os ativos da empresa são necessários peças e componentes de reposição e tem casos onde a empresa prefere correr riscos sem ter um estoque razoável, com isso pode ficar muito tempo com sua operação comprometida pela falta de algum item indispensável para recolocar a máquina ou equipamento em operação, isso pode custar muito caro.

O estoque de Manutenção difere e muito de outros tipos de estoque por diversas razões, não tem uma demanda previsível e são muito influenciados por exemplo, de como essas máquinas e equipamentos são utilizados, ou seja, sua taxa de utilização.

Uma outra razão que influencia nessa demanda é como a Manutenção trabalha com seu planejamento de intervenções, ou seja, tem um planejamento de preventiva, faz manutenções preditivas regulares ou só trabalha apagando fogo fazendo intervenções de corretiva? Como podemos ver tem muitas variáveis que fazem do estoque de Manutenção, um trabalho muito importante quanto a sua Gestão e a área de PCM tem seu papel importante como veremos a seguir.

Previsão de consumo da Manutenção

Podemos entender que toda previsão de consumo de qualquer estoque, são baseadas em uma estimativa de consumo futuro e para melhor aplicarmos essa previsão, é primordial que as empresas possuam um meio de registros e por meio deles seja construído um histórico de informações sobre esse consumo. Na Manutenção temos normalmente a área do PCM que registra essas informações.

Quando para determinados itens não se tem nenhuma informação para analisar, independente dos motivos (equipamento / máquina nova, deficiência de gestão, etc.), mais uma vez entra em cena o PCM com uma alternativa, tentar entender essa previsão por meio do pessoal da manutenção com base em depoimentos de suas intervenções passadas, com base nos registros de ordem de serviço se tiver ou via manual ou contato com o fabricante das máquinas e equipamentos.

Importância da OS (ordem de serviço)

Como sabemos da importância em geral do uso da OS, vemos agora uma das finalidades extremamente úteis dos registros nesse documento. E isso parte da equipe da manutenção durante as intervenções realizadas, fazendo as devidas anotações no campo “peças e componentes” que foram utilizados.

Quando devolvidos ao PCM, normalmente conforme fluxograma já definido, essas informações são inseridas no programa de manutenção ou planilhas e com isso podemos entender a necessidade de cadastrar algum item ou alterar sua quantidade que não está suprindo as necessidades, enfim, por meio de algumas análises é possível reajustar e readequar o estoque de manutenção com esse trabalho do PCM que auxilia sobremaneira a gestão do setor.

Classificação ABC

Identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão diferenciada, especialmente porque representam altos valores de investimentos e podem parar um equipamento ou uma linha de produção.

Fazer uma classificação minuciosa em qualquer tipo de estoque é uma tarefa difícil e mais uma vez, o PCM pode contribuir sobremaneira com a gestão para fazer esse trabalho. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os menos importantes, assim, economiza-se tempo e recursos.

Temos no método da curva ABC um importante instrumento para o gestor da área e com auxílio do PCM porque ele permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados.

Após os itens serem ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas de acordo com alguns critérios.

Definições da classificação ABC

Precisamos entender em primeiro lugar que os critérios para definição dessa classificação, é específica e definida em cada empresa. Nessa fase se busca alguns parâmetros para compor essa classificação como valores monetários, quantidades e tempo de permanência no estoque.

É um trabalho meticuloso, mas essencial para que o estoque não se torne um grande “elefante branco” com itens caros e sem consumo e valores totais relativamente altos entre outros problemas. E sabemos que altos valores estocados é um recurso financeiro “parado” que aumenta sobremaneira o capital de giro de uma empresa.

É uma situação que contribui para dificultar a alocação de recursos para outros fins como investimentos por exemplo. Tudo isso são consequências causadas porque foi utilizado um recurso de uma forma não adequada ou pouco planejada pela gestão.

Materiais “A”

São os mais relevantes e normalmente de maior custo e em menor número. Grupo de itens com forte impacto em caso de falta, devem ser tratados com uma atenção especial pela Gestão. Podemos considerar que são cerca de 20% dos itens que correspondem a aproximadamente 80% do valor monetário do estoque.

Materiais “B”

São os materiais de quantidade e valores intermediários. Podemos considerar que são cerca de 30% dos itens que correspondem a aproximadamente 15% do valor monetário do estoque. Grupo de itens que devem ser tratados com uma atenção moderada.

Materiais “C”

São os materiais de pouco valor e de grandes quantidades. Podemos considerar que são cerca de 50% dos itens que correspondem a aproximadamente 5% do valor monetário do estoque. Grupo de itens menos importantes que não justificam uma atenção especial por parte da Gestão.

Esses valores percentuais citados acima, são como uma base para nosso entendimento da diferenciação entre essa classificação, portanto não considerados como valores absolutos. Outro fator a se destacar é que, independentemente de serem itens A, B ou C, todos eles devem ser gerenciados de alguma maneira.

Todo cuidado ainda é pouco quando falamos dos estoques, se mal gerenciados quando menos se espera você tem lá um grande problema com estoques inchados, itens sem relevância ou itens caros e parados por muito tempo ou ainda itens que deveriam estar no estoque e não estão e o contrário da mesma forma.

Conclusão

Como vemos, o PCM com base em suas atividades de registro das informações de OS, planejamento de recursos das manutenções planejadas e preventivas, aquisição de peças e componentes efetuando solicitações de compras diretas, todas essas atividades fazem com que a área tenha conhecimento e informações suficientes para participar ativamente no controle do estoque de manutenção.

Entenda mais sobre o estoque da Manutenção no link abaixo onde falamos sobre se determinar as quantidades a serem cadastradas no estoque, boa leitura e dúvidas, entre em contato.

Estoque de Manutenção – quantidades

Comentários

2 respostas para “Estoque da Manutenção – PCM no controle”

  1. William Oliveira disse:

    Muito bom o blog, os assuntos abordados e a maneira como os são. Parabéns!!!

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