Pressostatos, proteção eficiente

Luis Cyrino
6 ago 2017
0
7198

Pressostatos, proteção eficiente

Pressostatos são um instrumento de medição de pressão utilizado como componente do sistema de proteção de equipamento ou processos industriais. Sua função básica é de proteger a integridade de equipamentos contra sobre pressão ou subpressão aplicada aos mesmos durante o seu funcionamento.

É constituído em geral por um sensor, um mecanismo de ajuste de set point e uma chave de duas posições (aberto ou fechado). Como mecanismo de ajuste de set point utiliza-se na maioria das aplicações uma mola com faixa de ajuste selecionada conforme pressão de trabalho e ajuste, e em oposição à pressão aplicada.

O mecanismo de mudança de estado mais utilizado é o micro interruptor, podendo ser utilizado também ampola de vidro com mercúrio, fechando ou abrindo o contato, que pode ser do tipo normal, aberto ou normal fechado.

Tipos de pressostatos

  1. Diferencial fixo ou ajustável

Quanto ao intervalo entre atuação e desarme, os pressostatos podem ser fornecidos com diferencial fixo e diferencial ajustável. O fixo só oferece um ponto de ajuste, o de set point, sendo o intervalo entre os pontos de atuação e desarme. O ajustável permite ajuste de set point e alteração do intervalo entre o ponto de atuação e o de desarme.

  1. Contato SPDT e DPDT

Quanto ao tipo de contato disponível no micro interruptor, pode-se selecionar o tipo SPDT (Single Pole-Double Throw), é composto basicamente por um terminal comum, um contato normalmente aberto (NA) e um contato fechado (NF), ou selecionar o tipo DPDT (Double Pole-Double Throw) é composto de duplo contato, ou seja, dois terminais comuns, dois NAs e dois NFs, sendo um conjunto reserva do outro.

  1. Pressostato diferencial

O Pressostato diferencial é utilizando em circuitos eletropneumáticos. Ele opera da seguinte maneira: em uma das conexões temos a função de Pressostato e outro um vacuostato, o respectivo conversor pneumático-elétrico é acionado quando a diferença de pressão aceitável entre as conexões é maior do que a pressão de computação computável.

Vida útil do Pressostato

A primeira consideração a ser feita na seleção de um Pressostato é o seu tempo de vida útil, independente da pressão ou da sensibilidade desejada. Se o número de ciclos que o Pressostato deve operar (vida útil), for de um milhão de vezes ou menos, o uso dos tipos diafragma ou bourdon é recomendável.

Caso esse número seja ultrapassado, deve-se usar o tipo pistão. Uma exceção a essa regra pode ser feita quando a variação de pressão no sistema for muito pequena (20% ou menos da faixa ajustável). Sob tais condições, os tipos diafragma ou bourdon podem ser usados até 2,5 milhões de ciclos, antes que se dê a fadiga do elemento sensor.

Uma segunda consideração na escolha de um Pressostato é a velocidade de ciclagem, independentemente de sua vida útil. Se houver a necessidade de uma ciclagem de mais de uma vez a cada três segundos, o tipo pistão deve ser especificado.

O elemento sensor de qualquer Pressostato dos tipos diafragma ou bourdon age como uma mola a qual irá se aquecer e sofrer fadiga em operação de ciclagem extremamente rápidas, diminuindo assim a vida útil do Pressostato.

Pressostato de Teste

A escolha do tipo de Pressostato a ser usado – diafragma, pistão ou bourdon – deve também ser regida pela pressão de teste a qual poderão ser submetidos (pressão de teste é o maior impulso – pico – de pressão que pode ocorrer em um sistema).

Deve ser lembrado que, embora o manômetro registre uma pressão de operação constante, podem haver impulsos através do sistema os quais o manômetro não possua sensibilidade para acusar. Os tipos diafragma e bourdon são extremamente sensíveis e podem ser afetados por esses impulsos.

Os pressostatos tipo diafragma estão disponíveis numa faixa ajustável desde vácuo até 20 bar, com pressões de teste até 70 bar. O tipo bourdon pode operar até 1240 bar, com pressões de teste até 1655 bar. E os tipos pistão compreendem uma faixa ajustável que vai até 825 bar, com pressões de teste até 1380 bar.

Função na seleção do Pressostato

A função do Pressostato é outro fator determinante na seleção. Três tipos de pressostatos, baseados em sua função, são descritos abaixo:

  1. Pressostato de 1 contato: atua sobre uma única variação de pressão, abrindo ou fechando um único circuito elétrico, por meio da ação reversível do micro interruptor.
  2. Pressostato diferencial: atua sobre a variação entre duas pressões numa mesma linha controladas pelo mesmo instrumento.
  3. Pressostato de 2 contatos: atua independentemente sobre dois limites de uma mesma fonte de pressão, abrindo ou fechando dois elétricos independentes por meio da ação reversível de dois interruptores.

Tipos de caixa disponíveis

Existem os Pressostatos com caixa à prova de tempo IP65: podem ser fornecidos também com um bloco de terminais interno para conexões elétricas, evitando a instalação de um bloco de terminais externo para a ligação dos cabos.

Existem os Pressostatos à prova de explosão: construídos dentro de rígidos padrões de segurança, isolando os contatos e cabos de atmosferas explosivas.

E tem o Pressostato sem caixa, exposto: adequado às necessidades dos fabricantes de equipamento, onde é prevista proteção especial para o instrumento, pelo usuário.

Conclusão

Como vimos no início desta matéria, os pressostatos tem vital importância em diversos tipos de equipamentos e processos industriais pela sua função estratégica de proteção. É com certeza um dispositivo de segurança que deve ser incluído como item de inspeção nas rotinas da Manutenção, isso para garantir a integridade dos itens para o qual ele foi instalado. Realmente é um dispositivo extremamente útil nos diversos segmentos de máquinas, equipamentos, processos e instalações industriais.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *