Depreciação dos Ativos é inevitável
Depreciação dos Ativos é inevitável
Depreciação é a despesa com perda de valor dos bens tangíveis de um ativo imobilizado. Que estão sujeitos ao desgaste pelo tempo de uso, pela ação da natureza ou por se tornar obsoleto.
Mas antes disso, vamos enfatizar que existem três métodos de depreciação:
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Método Linear
Acontece de maneira uniforme, ou seja, um montante igual do valor do ativo é depreciado a cada ano durante sua vida útil. A forma mais comum que as empresas utilizam no cálculo de despesas e perda de valor do seu ativo.
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Método Redução Percentual
Uma taxa percentual constante do custo do Ativo é deduzida a cada ano. Ou seja, no início da vida útil de um ativo, o valor da depreciação é maior do que ao final. Isso porque a redução do valor da depreciação acontece de forma progressiva, conforme o bem envelhece.
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Depreciação por uso
Como o próprio nome diz, a depreciação é feita pelo tempo de uso ou produção esperada do Ativo. Esse método resulta na despesa usada como valor da depreciação usando a fórmula: Depreciação = valor original do bem x taxa de depreciação.
Em nosso caso vamos nos ater aos Ativos como máquinas e equipamentos. E focar também na situação de desgaste pelo seu tempo de uso.
Depreciação de um Ativo é variável
Independentemente de o modo como fazer o cálculo da depreciação, nosso foco é tratar essa depreciação no seu âmbito físico e funcional.
Que um ativo como máquinas e equipamentos sofre uma depreciação isso é um fato. O que vamos entender é que o tempo para isso ir acontecendo pode variar e muito. E são muitas as situações que corroboram para essa afirmativa, dentre as quais podemos citar:
- Tipo de Ativo e sua finalidade;
- Tempo em operação no dia a dia;
- Condições de trabalho;
- Manutenção;
- Condições de suas instalações (se for o caso);
- Formas de como é usado.
Isso são as formas gerais de uma depreciação física e funcional de máquinas e equipamentos. O foco que vamos enfatizar aqui é quanto a sua Manutenção e Operação.
Esses dois fatores são com certeza, as principais causas que podem refletir numa depreciação acelerada ou não. Portanto sob a ótica desses dois fatores, a vida útil de máquinas e equipamentos pode ser prolongada ou reduzida. Isso depende e muito de como esses ativos são tratados, independentemente do seu desgaste natural.
Desgaste natural, um fator certo da depreciação
O fato de uma máquina ou equipamento sofrer desgaste ao longo de sua vida útil, é o que os torna cada vez menos funcional. Peças e componentes mecânicos são os itens que mais sofrem com esse desgaste natural.
Em condições normais de utilização e manutenções adequadas, esse desgaste vai acontecer naturalmente. E com algumas ações importantes esse desgaste pode até ser minimizado e alongar a vida útil desses ativos.
Veremos isso mais a frente, por hora vamos focar nas situações onde esse desgaste pode se tornar acelerado. E vamos falar da depreciação física e funcional baseada na atuação da Manutenção e Operação.
Problemas da Manutenção
A manutenção de máquinas e equipamentos é considerada atualmente um fator essencial em qualquer segmento de negócios. A área da Manutenção é estratégica e pensar diferente disso é um grande erro, pode ter certeza disso.
E não tratar a Manutenção dessa maneira, o resultado é corroborar para uma depreciação mais acelerada. E seria por alguns fatores, como:
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Mão de obra deficiente
Ter uma equipe desnivelada ou pouco qualificada é com certeza um grande problema. Intervenções sem qualidade, demoradas e que causam constantes quebras e/ou falhas de máquinas e equipamentos. Isso faz com que o ativo perda disponibilidade e se deteriore com mais rapidez, isso é um fato.
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Falta de estratégias
Uma Manutenção onde não tem estabelecido seus métodos e processos de trabalho. O negócio é fazer o que mandam, não existem planos de manutenção, de lubrificação, e por aí vai. As intervenções são feitas conforme cada um imagina como deve ser, sem um planejamento, uma rotina pré estabelecida.
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Sobressalentes
Peças e materiais diversos para suprir as necessidades da Manutenção são deficientes. Sempre falta itens importantes para se trabalhar e muitas delas com uma qualidade que não atende as necessidades do ativo. É um tal de ter que improvisar o tempo todo para colocar a máquina ou equipamento para rodar.
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Gestão
Um ponto essencial para a Manutenção como em qualquer outro setor da empresa, uma gestão eficiente. A manutenção é um setor muito técnico e ter uma gestão que não sabe o que fazer ou vive tomando decisões equivocadas só traz problemas.
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Melhorias
Trabalhar propondo melhorias é um ponto forte em qualquer empresa e não tratar isso como uma necessidade é um erro. Todos os problemas do dia a dia podem ser resolvidos ou melhorados a partir de ideias. A Manutenção essencialmente tem uma equipe técnica, com bons conhecimentos e isso precisa ser aproveitado.
Problemas Operacionais
A importância da Manutenção não se sobrepõe ao setor Operacional, na minha opinião são setores que devem se complementar. Quando esses dois setores trabalham juntos, os resultados sempre serão os melhores possíveis.
Claro que isso depende de outros fatores como recursos disponíveis dentre outras coisas. Mas como na Manutenção, infelizmente temos motivos a elencar que podem acelerar o desgaste e depreciação de um ativo produtivo. E os fatores que podemos citar seriam:
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Mão de obra deficiente
Da mesma maneira como na Manutenção, o pessoal operacional pode corroborar e muito para um desgaste acelerado de sua máquina. Sabemos que todo processo produto passa por ajustes e regulagens, além da forma de operar o ativo.
Fazer isso sem o devido conhecimento com uma equipe não qualificada o suficiente é um desastre. Fica aquela famosa situação onde a Operação culpa a Manutenção e vice versa e ninguém afinal das contas é responsabilizado. E quem sofre com isso com certeza é a máquina ou equipamento.
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Limites operacionais
Infelizmente é muito comum acontecer do pessoal de operação não respeitar os limites da máquina. Talvez por falta de um processo coerente ou por achar que fica melhor do seu jeito, já passaram por isso? Velocidade acima do padrão para este ou aquele produto ou ajustes e regulagens além do estabelecido pelo processo.
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Matéria prima e insumos
Com certeza esse é outro fator muito comum de acontecer, usar matéria prima e/ou insumos de má qualidade (o famoso mais barato). Com isso a máquina ou equipamento não vai ter uma performance adequada e aí se começa a “forçar” o ativo para dar o resultado esperado. Isso também você já viu acontecer?
Com certeza, todos os fatores elencados acima, tanto de manutenção como operacional, causam grandes estragos em máquinas e equipamentos. E isso faz com que a sua degradação e desgaste se tornem acelerados fazendo com que a depreciação do ativo seja mais rápida.
Obsolescência
Outro fator que influencia na depreciação, principalmente funcional, é que as máquinas e equipamentos passam por atualizações. E, consequentemente, os modelos mais antigos vão perdendo espaço diante dos avanços tecnológicos.
E com isso, vão perdendo produtividade diante dos novos e modernos modelos que surgem com mais e mais recursos. Por mais que se opere adequadamente e faça as devidas manutenções, a obsolescência é um caso sério.
Mas isso pode ser evitado também quando ao invés de investir em ativos novos, se opta pelo Retrofitting. Às vezes uma opção bem mais barata e que pode alcançar os mesmos resultados de uma nova aquisição, é de se pensar nessa possibilidade.
Veja como avaliar a melhor opção entre uma aquisição ou Retroffiting de um ativo no artigo que fala sobre o Custo do ciclo de vida.
Conclusão
A depreciação física e funcional de máquinas e equipamentos é um fato, é um acontecimento inevitável. O que podemos entender é que temos muitas formas de estender a vida útil desses ativos.
E como vimos até agora, Manutenção e Produção precisam estar em sinergia, trabalhar juntos. Respeitar métodos e processos pelo lado da produção e usar na medida do possível as melhores estratégias de manutenção.
E você tem algo a acrescentar ou divergir do que falamos aqui?