Fluidos de freio, tipos e cuidados

Luis Cyrino
3 dez 2022
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Fluidos de freio, tipos e cuidados

Vamos entender alguns conceitos e diferenças entre os fluidos de freio. Ao contrário do que muita gente pensa, fluído de freio também precisa ser trocado com certa periodicidade. E completar não é algo aconselhável pois fluido de freio não evapora nem tampouco sofre desgaste que cause uma diminuição de volume.

Então a primeira dica que fica é que, baixou o nível do reservatório, com certeza é problema de vazamento ou desgaste excessivo das pastilhas e/ou lonas de freio.

Portanto completar o nível você estará apenas postergando a manutenção do sistema dos freios como um todo. Vale ressaltar que o nível do fluido dos freios tem valores de mínimo e máximo, portanto estando nessa faixa não tem problemas.

Então é preciso ficar atento, caso o fluido de freio estiver abaixo do indicado, acenderá uma luz de advertência no painel do veículo. Nesse caso, o mais provável é que o sistema hidráulico dos freios esteja com um vazamento. A perda do líquido pode ser por defeitos em várias peças, entre elas cilindros, mangueiras, tubulações e conexões que fazem parte do sistema.

Melhor é identificar o problema o quanto antes, esse tipo de avaria é de extrema importância e relevância devido a estar ligado diretamente a segurança do veículo.

Conceito de fluidos de freio

Os chamados fluidos de freio são um tipo específico de fluido hidráulico que é utilizado em sistemas hidráulicos de frenagem em veículos dos mais variados tipos (desde veículos leves até caminhões pesados) e maquinário.

O fluído de freio possui características específicas para este fim, como baixíssima compressibilidade e altíssimo ponto de ebulição.

Compressibilidade: ao pisar no pedal dos freios, o fluido não pode haver perda de volume, para que a transmissão da pressão seja uniforme. Ou seja, ao ser comprimido ele não cede, fazendo com que o curso de movimento seja sempre o mesmo.

Ponto de ebulição: o fluido de freio trabalha com altas temperaturas provenientes dos componentes do sistema de frenagem. Portanto, precisa ser capaz de trabalhar nessa condição sem que suas características originais se alterem.

Os fluidos de freio possuem classificação mais usual conforme o Ministério de Transportes dos Estados Unidos (US Departament of Transportation) Padrão No. 116: Fluidos de freio para veículos automotores (Standard No. 116; motor vehicle brake fluids): DOT 3, DOT 4 e DOT 5. A classificação DOT 5 deve ser ainda especificada como “DOT 5 – à base de SILICONE ” ou “DOT 5.1 – à base de NÃO-SILICONE”.

O fluido de freio é responsável pela pressão que movimenta as pastilhas e lonas de freio, ou seja, tem participação fundamental para que seu veículo consiga parar, além disso ele também tem a função de lubrificar e evitar a corrosão de todo o sistema.

Diferença entre os fluidos de freio

Existem basicamente dois tipos de fluido de freio: os fluídos à base de Glycol (DOT 3, 4 e 5.1) e o fluído à base de Silicone (DOT 5). Quanto maior for o número DOT, maior é o ponto de ebulição do fluído.

O grande problema do fluido de freio é que ele absorve a umidade do ar com o passar do tempo, o que reduz seu ponto de ebulição e, por consequência, sua eficiência. O produto de especificação DOT 3, por exemplo, é o que mais acumula água. Já o DOT 4 neutraliza a água absorvida e mantém o ponto de ebulição relativamente alto.

Quando deve ser trocado?

A probabilidade de surgir problemas estritamente relacionados ao fluido de freio é bem pequena. Mas não por isso que devemos descuidar desse fluído, seu grau de importância é o mesmo que qualquer outro item e componente de um veículo.

Sempre que se faz a substituição da lonas e pastilhas de freio é recomendado também fazer a troca do fluido de freio. E melhor que isso, fazer uma revisão completa no sistema todo, desde o seu reservatório até os pistões de acionamento. O ideal é fazer essa revisão, e uma limpeza geral do sistema com a troca do fluído. Tem algumas recomendações, tais como:

  • Obedecendo a recomendação contida no manual do fabricante do veículo;
  • Preventivamente uma vez ao ano;
  • Preventivamente a cada 10.000 km;
  • Sempre que houver perda de fluido causada por vazamentos nos cilindros de roda, válvulas equalizadoras de pressão, cilindro mestre, flexíveis rachados, etc.

Nota importante: A troca do fluido de freio é um processo que precisa de um procedimento bem específico, não é uma troca pura e simples. É necessário a retirada do fluído a ser trocado por meio de um método conhecido como sangria.

E ao colocar o fluído novo no reservatório proceder da mesma maneira, fazer essa sangria até que o fluído escoe em todos os pontos de frenagem. Esse procedimento é essencial pois serve para evitar a produção de bolhas de ar no sistema e consequentemente aconteça falhas na hora da frenagem.

Conclusão

Seja qualquer tipo de veículo, particular ou de frota, é muito importante ficar atento ao fluído de freio. É fato que o mesmo não diminui de volume por conta de suas propriedades, mas ele perde sua eficiência devido ao acumulo de umidade. A qualquer sinal de avaria no sistema não podemos vacilar, falhas nesse sistema coloca em alto risco a integridade física de seus usuários.

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